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| Base flutuante no PN Jaú |
Nos últimos anos, muito tem se falado (e muito tem se gastado) em monitoramento da biodiversidade em unidades de conservação. Infelizmente, os modelos de monitoramento propostos, em geral, não estão ao alcance dos minguados orçamentos das unidades de conservação brasileiras. Pior do que isto, em geral as informações coletadas não respondem às necessidades de gestão das unidades, por mais simples que a gestão tenha que ser considerando a falta de recursos humanos e de investimentos. Uma forma de tornar o monitoramento de unidades de conservação mais efetivo é planejá-lo a partir das necessidades de gestão.
Frequentemente, esquecemos do que é gestão quando estamos falando de monitoramento. Vamos dizer aqui que a gestão é uma alocação de recursos e esforços em resposta a “algo”, algo que se observa, monitora, ou seja, um indicador. Então gestão é a busca de um determinado valor para alguns indicadores. Ou seja, não existe gestão sem monitoramento.
Então o que se pode fazer numa UC em termos de gestão e o que é preciso saber?
A tabela a seguir apresenta exemplos de possíveis respostas de gestão, e o que é preciso saber para aplicá-las com eficiência e eficácia. Vemos que o repertório disponível para a gestão de UCs não é tão amplo assim, e que o monitoramento usual vai além do que é necessário saber para alguns aspectos, e fica devendo em outros.
Exemplos de respostas de gestão e do conhecimento necessário (Weigand Jr., em elaboração)
Medidas de gestão
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O que preciso saber (o que devo monitorar)
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O que monitorar?
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Proteção
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· Fiscalização de atividades ilegais
o Vigilância
o Inteligência
o Operações de fiscalização
o Agentes Ambientais Voluntários
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· Onde e quando as atividades ilegais estão ocorrendo? Quem as pratica?
· Como as condições que favorecem as atividades ilegais estão evoluindo?
o Seca
o Acesso
o Proximidade de estradas
o Proximidade de empreendimentos
o Área e localização de roçados e pastagens
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· Os registros de fiscalização e as denúncias
· Umidade no interior da floresta
· Pluviosidade e evapotranspiração
· Monitoramento remoto das áreas antropizadas
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· Controle e prevenção de incêndios
o Aceros e barreiras verdes
o Proibição do fogo
o Restrição de acesso
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· Como as condições que favorecem os incêndios estão evoluindo?
o Seca
o Proximidade de lavouras
o Tipos de lavouras e práticas agrícolas
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· Idem
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· Controle e prevenção de invasoras
o Eliminação nos ecossistemas naturais
o Restrições e regras
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· Ocorrência de plantas invasoras
o Invasoras nos ecossistemas naturais
o Invasoras nas lavouras (incluindo plantas agrícolas de potencial invasor)
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· Plantas cultivadas no interior e no entorno da UC
· Plantas invasoras em áreas vulneráveis
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· Favorecimento de espécies ameaçadas ou de potencial extrativo
o Proteção de ovos e filhotes
o Repovoamento
o Podas e cortes de liberação
o Enriquecimento da floresta com espécies de interesse
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· Quais as espécies ameaçadas e extraídas?
· Como as espécies ameaçadas e extraídas estão evoluindo?
· Biologia das espécies
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· Abundância e produção das espécies ameaçadas e de potencial extrativo
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· Manejo para o extrativismo
o Modificações no ecossistema (corte de cipós, desbaste, podas de liberação, etc.)
o Restrições e zoneamento
o Boas práticas
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· Qual o potencial extrativo sustentável?
· Como o ecossistema está reagindo?
o Inventários
· Qual a evolução do recurso extraído?
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· Idem
· Produção
· Composição do ecossistema
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· Manejo para a recuperação de áreas agrícolas e de pastagens
o Zoneamento
o Fertilização (verde, orgânica)
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· Onde estão os roçados e pastos, e como mudam ao longo do tempo?
· Como está evoluindo a fertilidade e a ocupação por pioneiras/invasoras agressivas nas áreas abandonadas?
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· Monitoramento remoto das áreas antropizadas
· Fertilidade do solo
· Composição do estrato herbáceo
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· Visitação pública
o Zoneamento
o Infra-estrutura: trilhas, regras,
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· Onde estão os atrativos?
· O que está sendo visitado?
· Qual o comportamento do visitante?
· O que deseja o visitante? Satisfação?
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· Monitoramento dos atrativos
· Grau de satisfação do visitante
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