10.7.11

ONU avalia progresso para o alcance dos Objetivos do Milênio

Capa do relatório 2011

A menos de cinco anos para o fim do prazo para erradicar a pobreza extrema e implementar oito objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos na Cúpula do Milênio, realizada de 6 a 8 de Setembro de 2000, em  Nova  Iorque, 147 Chefes de Estado e de Governo, e  191  países, os países avaliam seus progressos e desafios. No relatório de 2011, o Secretário Geral das Nações Unidas reafirma sua crença de que os objetivos são alcançáveis. Para o diretor da Nave Terra, Ronaldo Weigand, que em 2009 foi contratado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para fazer uma avaliação dos progressos do Brasil em relação a duas das metas do Milênio, a data de 2015 já está perdida. "Apesar da tendência de avanços, falta muito para conseguirmos efetivar os objetivos, e alguns deles parecem tão distantes agora quanto eram em 2000, quando foram estabelecidos".

Os oito Objetivos são os seguintes:
  1. Erradicar a extrema pobreza e a fome.
  2. Universalizar a educação primária.
  3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.
  4. Reduzir a mortalidade na infância.
  5. Melhorar a saúde materna.
  6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças.
  7. Garantir a sustentabilidade ambiental.
  8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Em relação ao Objetivo 7, Ronaldo trabalhou sobre duas metas:

Meta 7.A: “Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável às políticas e aos programas nacionais e reverter a perda dos recursos ambientais.”

Meta 7.B: “Reduzir a perda de biodiversidade, alcançando até 2010, uma redução significativa na taxa de perda.”


A Meta 7B foi importada da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), e sabemos que o mundo fracassou em alcançá-la em 2010, adiando para 2020. Será um enorme desafio, especialmente porque as mudanças climáticas (aquecimento global ou efeito estufa) devem causar a maior parte das extinções daqui para frente, e estamos longe de controlar o aquecimento do planeta. A Meta 7A também é desafiadora. As metas da CDB para 2020 tratam da 7A, com prazo até 2020 (o dobro do prazo que resta para os ODMs). 

"Reverter a perda dos recursos ambientais" no Brasil não está previsto em nenhum instrumento de políticas públicas. Mesmo as metas de redução do desmatamento falam em 80% de redução, no máximo. 

Segundo Ronaldo Weigand, "com os indicadores interpretados, pode-se identificar, apesar da deficiência dos dados, um quadro pessimista. Na maior parte dos indicadores em que há dados para a identificação de tendências, o Brasil apresenta resultados negativos ou não apresenta resultados positivos significativos." 

Aproveite a publicação da ONU para ver como o mundo vai indo.

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