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Capa do relatório 2011 |
A menos de cinco anos para o fim do prazo para erradicar a pobreza extrema e implementar oito objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos na Cúpula do Milênio, realizada de 6 a 8 de Setembro de 2000, em Nova Iorque, 147 Chefes de Estado e de Governo, e 191 países, os países avaliam seus progressos e desafios. No relatório de 2011, o Secretário Geral das Nações Unidas reafirma sua crença de que os objetivos são alcançáveis. Para o diretor da Nave Terra, Ronaldo Weigand, que em 2009 foi contratado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para fazer uma avaliação dos progressos do Brasil em relação a duas das metas do Milênio, a data de 2015 já está perdida. "Apesar da tendência de avanços, falta muito para conseguirmos efetivar os objetivos, e alguns deles parecem tão distantes agora quanto eram em 2000, quando foram estabelecidos".
- Erradicar a extrema pobreza e a fome.
- Universalizar a educação primária.
- Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.
- Reduzir a mortalidade na infância.
- Melhorar a saúde materna.
- Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças.
- Garantir a sustentabilidade ambiental.
- Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Em relação ao Objetivo 7, Ronaldo trabalhou sobre duas metas:
Meta 7.A: “Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável às políticas e aos programas nacionais e reverter a perda dos recursos ambientais.”
Meta 7.B: “Reduzir a perda de biodiversidade, alcançando até 2010, uma redução significativa na taxa de perda.”
A Meta 7B foi importada da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), e sabemos que o mundo fracassou em alcançá-la em 2010, adiando para 2020. Será um enorme desafio, especialmente porque as mudanças climáticas (aquecimento global ou efeito estufa) devem causar a maior parte das extinções daqui para frente, e estamos longe de controlar o aquecimento do planeta. A Meta 7A também é desafiadora. As metas da CDB para 2020 tratam da 7A, com prazo até 2020 (o dobro do prazo que resta para os ODMs).
"Reverter a perda dos recursos ambientais" no Brasil não está previsto em nenhum instrumento de políticas públicas. Mesmo as metas de redução do desmatamento falam em 80% de redução, no máximo.
Segundo Ronaldo Weigand, "com os indicadores interpretados, pode-se identificar, apesar da deficiência dos dados, um quadro pessimista. Na maior parte dos indicadores em que há dados para a identificação de tendências, o Brasil apresenta resultados negativos ou não apresenta resultados positivos significativos."
Aproveite a publicação da ONU para ver como o mundo vai indo.
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