Avaliações de parques e reservas criadas com o objetivo de se proteger a natureza têm mostrado que há grande variação nos resultados dessas áreas protegidas na conservação da diversidade biológica. Estudos mostram a importância da governança, dentro e fora das áreas protegidas.
Um estudo desenvolvido por Anni Johanna Vuohelainen e colaboradores na região de Madre de Dios, no Peru, identificou que as áreas protegidas mais efetivas foram as que estavam associadas a concessões de ecoturismo e conservação. As com maiores dificuldades de manter a natureza conservada são as com presença de comunidades no seu interior, sendo que as fontes da degradação, segundo o estudo, são as próprias comunidades e seu crescimento. As causas subjacentes da degradação nas áreas protegidas comunitárias são problemas de governança fraca e imigração. Nas áreas comunitárias com boas relações com o seu entorno e com atividades de monitoramento a conservação é mais efetiva.
Outro estudo, desenvolvido por William F. Laurance e colaboradores, avaliando áreas protegidas em três continentes, mostra a importância do que acontece nas vizinhanças na conservação da área. O que acontece no entorno tende a se repetir no interior das áreas protegidas. Isso mostra a importância da conservação não só no interior de parques e reservas, mas também nas propriedades ao redor. Infelizmente, no Brasil, parte da proteção das áreas fora dos parques e reservas está sendo reduzida pelas recentes alterações no Código Florestal. Das 60 unidades de conservação analisadas pelo estudo apenas a metade são efetivas na conservação da natureza.
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