Os autores argumentam que as decisões de planejamento da conservação são constrangidas por 3 fatores importantes:
- orçamentos limitados,
- a competição pelas áreas importantes para a conservação com outros usos, e
- mudanças no uso da terra e no clima que vão afetar a distribuição da vida (assim ameaçando a biodiversidade).
Assim, eles propõem uma designação sequencial de áreas para a conservação, liberando algumas áreas quando elas param de contribuir para os objetivos de longo prazo da conservação. Os autores argumentam que a persistência das espécies é fortalecida pela estratégia de priorização dinâmica que presume liberação de área pois isso libera também recursos para a proteção das novas áreas que se tornam importantes. Assim, as áreas protegidas seriam nômades, ou temporárias, buscando se adaptar às mudanças do clima.
Essa estratégia implica uma mudança de paradigma, pois as áreas de conservação raramente são liberadas depois de declaradas. Para ser aplicada, os autores alertam, é preciso considerar o contexto específico de cada local ou região.
E você? O que acha? Um modelo de áreas protegidas nômades seria necessário e daria certo no Brasil?
Referência: ALAGADOR, D.; CERDEIRA, J. O.; ARAÚJO, M. B. Shifting protected areas: scheduling spatial priorities under climate change. Journal of Applied Ecology, v. 51, n. 3, p. 703–713, 1 jun. 2014. Acesso em: 20 fev. 2015.
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