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O que é Diagnóstico Rural Participativo - DRP

Por Ronaldo Weigand Jr.
Mapa participativo em elaboração
pelas mulheres da comunidade do
Porto de Trás, em Itacaré, BA.
O Diagnóstico Rural Participativo (DRP) é uma família de métodos e abordagens que surgiu nos anos 1990 para apoiar os trabalhos de desenvolvimento rural e desenvolvimento comunitário nos países em desenvolvimento. Flexível, participativo, baseado no trabalho em grupo e em jogos visuais que ajudam as comunidades ou grupos a elucidar seus problemas, o DRP surgiu a partir da prática do Diagnóstico Rural Rápido – DRR, criado e aperfeiçoado no final dos anos 70 e durante a década de 1980. O DRR partiu de uma crítica ao trabalho de desenvolvimento rural até então desenvolvido, que privilegiava os produtores mais prósperos, localizados próximos às cidades ou às estradas pavimentadas, normalmente consultando só os homens. Os produtores mais carentes e amplos setores da população rural, como as mulheres, ficavam excluídas.

Assim, o DRR foi uma estratégia criada para coletar dados desses setores, subsidiando a tomada de decisão e a elaboração de propostas de desenvolvimento mais adequadas. Já o DRP surgiu nos anos 90 com um propósito bem diferente. Tem sua base na pesquisa-ação, e a proposta de capacitar as comunidades para a mudança de sua realidade, buscando melhores condições de vida. No DRP, o cliente principal das informações geradas pela pesquisa é a própria comunidade. “Significa reconhecer as pessoas locais – tanto homens como mulheres – como analistas, planejadores e organizadores ativos” (Chambers & Guijt, 1995).

O DRP pode ser aplicado em áreas urbanas ou rurais. Os "jogos" ou "ferramentas participativas" envolvem mapas participativos, desenhos de transectos, diagramas históricos, diagramas institucionais, calendários sazonais, entre outros.

Para saber mais sobre o DRP, seus usos e como ele pode apoiar a sua ação nas comunidades, entre em contato com a Nave Terra, clicando aqui.

Referências: Chambers, R. & Guijt, I. DRP: después de cinco años, ¿en qué estamos ahora? Bosques, Arboles y Comunidades Rurales, 26, dez 1995. pp. 4-15.